sábado, 6 de novembro de 2010

55.752.592 bolinhas de papel



Vencemos! Ufa!
Como foi difícil essa eleição. Mais difícil ainda por ser um pleito onde prevaleceram estratégias covardes de campanha, mentiras, atribuições falsas, entre outros disparates.
Ganhou o projeto que está mudando este país. O projeto que olha para todos: pobres e ricos, norte e sul, público e privado. O projeto do desenvolvimento e, ao mesmo tempo, da estabilidade. O projeto político mais bem sucedido da história deste país.
Entra a primeira mulher a ocupar a presidência, na qual depositamos tantas esperanças. Sai o mito. Um ícone internacional, o nordestino, metalúrgico que revolucionou este país.
Não foi fácil ir contra a grande mídia. Era constrangedor ver a cara amarrada dos jornalistas dianta da vitória de Dilma. Não elogiavam a vitória. Preferiam analisar a derrota. Ao invés de pensar como será o Brasil com Dilma, preferiam pensar no futuro do PSDB.
Assim foi em dois programas a que assisti momentos depois do fim da votação no 2º turno: na Band e na Globonews. Quanta empáfia, senhores... Quando saiu a primeira parcial de apuração, com menos de 60% dos votos apurados, apontando vantagem de 6 pontos percentuais de Dilma sobre seu adversário, os jornalistas da Band se apressaram em criticar as pesquisas, sendo sugerido até um controle sobre elas. Não aprenderam uma lição óbvia, esperar chegar ao fim? Ao final, Dilma venceu com uma margem exatamente como foi previsto pelo Ibope e perto do que previu a Datafolha.
Na Globonews (TV fechada), jornalistas pareciam preocupados em encontrar os caminhos para um PSDB que acabara de perder sua 3ª eleição consecutiva para presidente. Esqueceram de falar sobre a candidata que ganhou e vai conduzir "apenas" o futuro da nação...
Enfim, foi sofrido, tenso, mas, por isso mesmo foi bom. Ao final da eleição não me surpreendeu a lamentável manifestação contra o Nordeste vinda de alguns acéfalos que usam o espaço virtual para aparecer e divulgar ideias distorcidas. Mas não vou dar publicidade a essas criaturas sem luz.
Vencemos. Foi bom, muito bom. Depois de ver tantas mentiras na mídia, questões religiosas se misturando com política, idiotas volúveis levantando argumentos toscos por e-mail, numa militância sem causa e oportunista, resta saborear a vitória e a certeza de que o Brasil vai continuar crescendo com um pouco mais de igualdade. É preciso alimentar, agora ainda mais, o sonho de uma nação mais justa para todos nós.
Ah, ia esquecendo: mais valem bolinhas de papel cheias de verdade que papeis assinados cheios de mentira. E foram 55.752.592 bolinhas contra bilhões de mentiras. E ainda assim, ganhamos!
Viva o Brasil!

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